09 novembro 2010

Os realizadores #2 VÍCTOR ERICE

Nascido em Carranza em 1940, licenciado em Ciências Políticas pela Universidade de Madrid, frequentou o Instituto de Investigaciones y Experiencias Cinematográficas, onde em 1963 se graduou em direcção de curta-metragens.

Em 1969 estreia-se como realizador num filme de três episódios (os restantes dois dirigidos por Claudio Guerín e José Luis Egea), produzido por Elías Querejeta. As suas duas seguintes obras foram separadas por um período de dez anos; a primeira, El espíritu de la colmena (1973), converteu-o num dos realizadores mais sugestivos do novo cimema espanhol e um dos mais importantes de toda a sua história. A segunda, El sur (1983), baseada numa obra de Adelaida García Morales, superou todas as expectativas e converteu-se numa segunda obra prima.
Após outro prolongado período de inactividade, a partir do que seria um episódio de uma série de televisão, em 1992, rodou El sol del membrillo, uma longa-metragem experimental sobre o pintor Antonio López, que foi premiada no Festival de Cannes. Autor de uma filmografia cuja brevidade se tem que atribuir à sua manifesta intenção de não claudicar ante um sistema que limita a liberdade criativa, a qualidade das suas obras destaca-o entre os cineastas espanhóis a um nível antes só conseguido por Luis Buñuel e mais tarde por Luis G. Berlanga y Carlos Saura.
Em 1996 foi distinguido com a Medalla de Oro de las Bellas Artes. Depois de trabalhar vários anos num argumento para a adaptação do romance de Juan Marsé El embrujo de Shanghai, a falta de acordo com o produtor do projecto, Andrés Vicente Gómez, impediu o esperado regresso de Erice às longas-metragens. Em 2002 publicou o polémico guião e apresentou Alumbramiento, uma curta de 10 minutos incluído no filme conjunto Ten minutes older.


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